Reflexões Planetárias

Tuesday, July 31, 2012

Pavilhão Atlântico vendido!

Então estes senhores do governo não venderam mesmo o Pavilhão Atlântico? Por tuta e meia, pela calada do verão (1)!
Aquele estupendo cavername de madeira lamelada, fruto excepcional da aliança entre a arte e a ciência, hoje já um icon nacional... e que parece que, ainda por cima, dava lucro!
Vendido a uns organizadores de eventos (2), gente do efémero por natureza. Estou para ver quando crescerem as despesas de manutenção qual será a sorte deste joia de madeira!
Ainda se o tivessem empreendido, como os quatro arrojados empresários que levaram por diante a construção do Coliseu dos Recreios de Lisboa, ainda lhes tirava o chapéu e adimitia que o tratassem como um filho que custa a criar. Mas tomando-o com dinheiro já feito... como a EDP pelos chineses e se adivinha que será com os Correios por "holandeses" e sei lá que mais, nesta sociedade liquida(tária) em que ninguém está para empreender nada de sólido e consistente...
Uma proposta à comissão liquidatária que nos desgoverna a mando dos mercados: Vendam os Jerónimos aos "industriais do turismo". Mesmo por tuta e meia, dará boa receita a abater nos juros da impagável "dívida soberana"!
Fazendo as contas, com a venda de uma parte suficiente do nosso património e das "pedras vivas" que somos nós todos teriamos a dívida saldada!

Escudados na legitimidade da democracia eleitoral, Cavacos, Coelhos, Relvas e demais "gente do povo" no poder, atacam trabalhadores e pensionistas, liquidam a segurança social, vendem tudo o que é público por sua conta. Eles estão a transformar a nossa terra num mercado de valores sem alma. Que é como quem diz, esta desalmada gente está a desmantelar o país vendendo-nos a preço de saldo, em ressonância com os governantes que estão a dar cabo do projecto europeu.
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(1) A venda do Pavilhão Atlântico faz parte do desmantelamento da Parque Expo, considerada pela jovem super-ministra Assunção Cristas, "um mau exemplo, que não pode continuar". Mas é mesmo um mau exemplo? Não será o seu (des)governo que não pode continuar?
(2) "Luís Montez, genro de Cavaco Silva, é proprietário da Música na Coração, empresa de festivais musicais, mas participa neste consórcio a título pessoal. A Ritmos e Blues, liderada por Álvaro Ramos e Nuno Braancamp, é uma produtora de grandes eventos musicais. No Rock in Rio Lisboa é co-produtora desde 2004."

Saturday, July 28, 2012

Ressonâncias

"Um país de bananas governado por sacanas"
D. Carlos, Rei de Portugal
Releio Ortega y Gasset e não paro de encontrar ressonâncias impressionantes neste Portugal e nesta Europa em que "mandam as montras". "Mandam as montras", manda o dinheiro queria dizer Gasset, mandam os mercados como hoje se diz, porque "os outros poderes organizadores da sociedade se retiraram".
À deriva, sem nenhum projecto colectivo mobilizador, os governados não se reconhecem claramente nos governantes e os governantes não se mostram dignos de o ser.

Em causa, a "função decisiva em toda a sociedade" que é para Gasset "a de mandar e obedecer". Se nela estiver confusa a questão de quem manda, tudo irá mal.
Até o indivíduo será perturbado no seu mais íntimo ser.
Se ele fosse um ser solitário que só acidentalmente se encontrasse com os outros, talvez fosse imune aos efeitos dos jogos e crises de poder mas, considera Gasset, sendo o homem intrinsecamente social, o seu caracter é perturbado e, com o tempo, acaba por cair num estado de desmoralização. Num estado de acanalhamento que, para Gasset, "não é outra coisa senão a aceitação como estado habitual e construído de uma irregularidade, de algo que continua a parecer indevido apesar de ser aceite. Como não é possível converter em sã normalidade o que na sua essência é criminoso e anormal, o indivíduo opta por adaptar-se ao que é indevido, tornando-se por completo solidário com o crime ou irregularidade que alastra."
Eis o estado de acanalhamento que se pode traduzir neste misto de humor corrosivo e passividade política que grassa hoje em Portugal.
Mas Gasset observa com optimismo: "Todas as nações atravessaram jornadas em que aspirou a mandar nelas quem não devia mandar; mas um forte instinto fê-las concentrar logo as suas energias e expelir aquela pretensão de mando".
Mando. Para não cairmos em graves confusões atentemos em Gasset: "Não se manda em seco.O mando consiste numa pressão que se exerce sobre os outros. Mas não consiste só nisto. Seria violência se fosse só isto. Não esqueçamos que mandar tem efeito duplo: manda-se em alguém mas manda-se-lhe alguma coisa. E o que se manda é que participe num empreendimento, num grande sentido histórico..."
"Não convém embarcar pois, na opinião trivial que julga ver na actuação dos grandes povos - como na dos homens - uma inspiração puramente egoísta. Não é tão fácil como se crê, ser um egoísta puro e nunca ninguém triunfou sendo-o. O egoísmo aparente dos grandes povos e dos grandes homens é a dureza inevitável com que tem que comportar-se quem tem a sua vida dedicada a um empreendimento. Não se nos pode pedir que estejamos disponíveis para atender os transeuntes e que nos dediquemos a pequenos altruísmos do acaso, quando na verdade vamos fazer qualquer coisa e nos entregamos a um projecto."
E Gasset dá um exemplo que serve para Portugal: "Uma das coisas que mais encantam quem atravessa Espanha é que, se perguntarem a alguém na rua onde fica uma praça ou um edifício, o interrogado deixa com frequência o caminho que leva e sacrifica-se generosamente, conduzindo-o ao lugar que lhe interessa."
E Gasset comenta com uma ponta de humor filosófico: "Não nego que possa haver nesta índole do bom celtibero alguma generosidade e alegro-me que o estrangeiro interprete assim a sua conduta. Mas nunca ao ouvi-lo e lê-lo pude reprimir este receio: será que o compatriota ia de verdade a alguma parte? Porque poderá muitas vezes acontecer que o espanhol não vá a sítio nenhum, não tenha projecto nem missão, antes pelo contrário, entre na vida dos outros para ver se a dos outros enche um pouco a sua."

Não tenha projecto nem missão!
Qual o nosso projecto para Portugal hoje?
Reduzir o déficit controlando o orçamento do estado e aumentar as exportações... para pagar uma dívida impagável?
É isto projecto que se veja?
Será de admirar que não mobilize ninguém... a não ser os oportunistas, os canalhas-mor?

Friday, July 20, 2012

Que fazemos no euro?

"Qué hacemos en el euro?" pregunta Juan Torres Lopez.
Que fazemos nós no euro? Cabe-nos a nós perguntar em português. João Ferreira do Amaral já há muito tempo que aponta para a porta de saída... por onde nunca deviamos ter entrado, segundo ele, nas condições em que o fizemos. Uma saída negociada.
Juan Torres não nega que, para a Espanha, "a saída é uma opção difícil e traumática, mas talvez a muito curto prazo e comparável com a aparente placidez da agonia lenta que nos espera dentro do euro. No entanto podería dar resultados positivos num prazo de tempo bastante mais curto do que se possa crer". Ferreira do Amaral faz para Portugal o mesmo balanço entre a saída e a permanência no euro mas não parece tão optimista.
Juan Torres considera que, em Espanha, o processo correu mal desde o princípio pois que os partidos do centro não abriram nenhum tipo de debate social e não apresentaram à sociedade civil qualquer balanço de vantagens e inconvenientes para que pudesse decidir livremente em função da sua preferência. No entender de Juan Torres, "forças políticas sérias teriam criado há anos no Parlamento uma comissão para avaliar os benefícios e perdas, para fazer um balanço objectivo da nossa permanência no euro que permitisse aos governantes e cidadãos saber com o que contam." Esta crítica não assenta como uma luva no processo de integração de Portugal no euro?
Juan Torres considera ainda que "tecnicamente, o euro é um projecto imaturo e bastante imperfeito pelo que está condenado a produzir grandes perturbações".
"Imaturo porque não garantiu que as economias que entraram na moeda única com maior atrazo se fossem pondo ao nível das mais avançadas"
"Imperfeito porque não se quiz dota-lo das instituições e de mecanismos imprescindíveis para que uma união monetária possa funcionar sem problemas."
Referindo-se a Portugal, Ferreira do Amaral está em sintonia com Juan Torres e parece mesmo ir mais longe, na medida em que "não considera que os actuais problemas se devem a erros políticos tanto como ao "fracasso" do projecto europeu."

O artigo de Juan Torres Lopes que pode ser lido aqui, deu lugar a vários comentários, entre os quais o que é assinado por POCHOLO que a seguir transcrevo na língua original e na integra, para não perder o tom coloquial e a clareza de exposição de um ponto de vista de quem não tem ilusões sobre a lógica mercantil que divide a Europa e requer uma resposta firme e concertada da sociedade civil:

"Seamos sensatos, Juan. Me imagino que conocerás aunque sea sólo de oidas los discursos antieuropeistas del eurodiputado de derechas Nigel Farage(1)…
La UE tiene una estructura muy poco democrática, como afirma Slavoj Zizek: no deja de parecerse a la estructura política soviética.
El euro y el BCE fueron diseñados para favorecer al poder financiero, para favorecer a los rentistas, a la clase alta que no vive de la venta de su trabajo, si no que vive de todo lo que ha expoliado a lo largo de la historia… ¿Qué papel tiene el Parlamento Europeo? ¿Quien manda en la UE? ¿Quien a votado al Carnicero de Letonia(2)?
Los ciudadanos no lo hemos votado. ¡Lo nombró Barroso! Y el Parlamento europeo aprobó e invistió después…
¡Barroso amenazó a los griegos con la posibilidad de que hubiera en Grecia un golpe de estado!
La UE y la OTAN son lo que en su día fue La Santa Alianza. Una fuerza politico- militar para disciplinar a las poblaciones de los países que se desvíen de la ruta marcada por sus dueños locales, regionales y globales.
Entrar en la OTAN y en la UE significó la homologación de España como “democracia occidental”. Pero también significó el desmantelamiento de la industria española y la privatización de sectores estratégicos clave.
La UE y el € al final no están resultando ser lo que nos vendieron. La UE actual es un club insolidario al servicio del capital financiero que actua contra la gran mayoría de la población de los países que están en el club. El euro en manos de la oligarquía financiera, BCE mediante, es una arma de destrucción masiva para los salarios de los trabajadores periféricos. Krugman dijo algo razonable: que Alemania debería subir los salarios de los trabajadores alemanes para aumentar la demanda en los países periféricos. Pero se olvidó de una cosa: los intereses de la oligarquía alemana son contrarios a esos aumentos. Por tanto, no se van a producir…
¿Qué sentido tiene pertenecer a un club o a un grupo de amigos donde te tratan como una mierda?¿Tenía sentido para Argentina dolarizar su economía?
España debería salir de la UE y abandonar el €. Cameron ha sido valiente al plantear el abandono de la UE en el Reino Unido. Aunque lo haya hecho probablemente como medida política de presión tanto externa como interna, y claro está desde la derecha más rancia. ¿Sería capaz Rajoy de hacer algo similar?
Andorra es un país independiente. Lo mismo Suiza. Y son países pequeños.
Estamos en un muy mal momento. Es tan brutal. La gente no quiere abandonar la UE ni el euro porqué les han lavado la cabeza y porqué en su momento representaron una mejora respecto al franquismo. A pesar, de que euro y UE no son más que un instrumento de dominación de la clase alta. La izquierda con representación parlamentaria es mediocre, durante años ha estado haciendo el juego a la derecha (Desmovilizando a la gente y garantizando la paz social a cambio de un plato de lentejas y ayudando con sus traiciones a desacreditar la política). Por no olvidar los medios de comunicación al servicio de la derecha y un sistema educativo al servicio de los intereses de la clase dominante. Y todo el sistema corrupto y clientelar que medró durante el franquismo y se integró y desarrollo durante la democracia, especialmente conforme fue creciendo el apoyo electoral al PP.
La democracia es un ideal. Y debemos luchar cada día para acercarnos lo más posible a ese ideal. Obviamente, la democracia burguesa es un avance respecto la dictadura franquista, pero es muy insuficiente respecto a lo que tendría que ser una auténtica democracia. Por otro lado, para “la Reacción” su ideal de democracia es el sufragio censitario y un sistema de libertades limitadas que garantice sus privilegios. Nada nuevo, históricamente hablando. La clase dominante siempre lucha contra el resto para mantener e incluso aumentar sus privilegios, aunque sea a costa de perjudicar a los demás.

La única esperanza real es la calle, donde la gente común se está de alguna manera organizando contra las agresiones neoliberales. Pero, claro. Es algo paliativo que de ninguna manera puede ahora hacer frente a la que se nos viene encima. Es como organizar una guerrilla después de una invasión. Lleva su tiempo. Sobretodo, si te has pasado años lavando la cabeza a la gente para que pasase de la política y de defender sus intereses."
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(1) O conservador Nigel Farage é um convicto eurocéptico que tem animado o Parlamento Europeu com o seu humor britânico, apontando frontalmente vícios e fraquezas das instituições europeias e dos seus principais actores. Vem a talhe de foice transcrever o que disse sobre Portugal numa entrevista que deu em Dezembro passado, a propósito da actual crise europeia: "O pior que poderá acontecer é se países como a Grécia e Portugal ficarem presos nesta prisão económica do euro. A imposição de medidas de austeridade sem a compensação da desvalorização da moeda, irão trazer depressão, desemprego maciço, grande desordem social e coisas piores... Se somos bons europeus, o que deveremos fazer será ajudá-los a recuperar a sua moeda e impedir a fuga maciça de de capitais destes países". Não estão aqui bem articuladas observações concisas e estimáveis? Veja-se o caso da Islândia!
(2) O comissário Joaquin Almunia é conhecido no norte da Europa como “o carniceiro da Letonia”, pelo seu encarniçado zelo fiscal para com este país báltico.

Wednesday, July 18, 2012

O "massacre de Houla"

No dia 7 de Junho passado o Frankfurter Allgemein Zeitung publicou um relatórío cujas conclusões desmentem a versão anteriormente divulgada pelos mass media sobre o chamado "Massacre de Houla" ocorrido em 25 de Maio que levou Kofi Annan a avisar que a Síria tinha ultrapassado o "tipping point". Um sinal de endurecimento da "comunidade internacional".
Como se pode ler aqui: "...de acordo com o jornal de referência alemão, o Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), o massacre de Houla foi de facto cometido por militantes Sunni anti-Assad, e o grosso das vítimas eram membros das minorias Alawi e Shia, que têm largamente apoiado Assad. Na sua narrativa do massacre, o relatório cita oponentes de Assad, que, no entanto, não quizeram ver os seus nomes nos jornais com mêdo de represálias por parte dos grupos da oposição armada."
Tudo isto soa infelizmente a dejà vu (ou lu): Afganistão, Iraque, Libia...
Enfim, como comenta Robert Fisk, "uma coisa é ouvir os lideres políticos acusar o regime sírio de abuso dos direitos humanos e massacres - outra coisa é reconhecer que os diplomatas ocidentais estão preparados para colocá-los à margem do quadro, na perspectiva mais ampla que, no caso do Médio Oriente, é a do abastecimento de petróleo e gás natural".
E nesta ampla perspectiva, o que está em jogo não é coisa pouca! Segundo Michael Klare "os produtores do Médio Oriente serão ainda mais importantes nos próximos anos porque se estima que possuem dois terços de todas as reservas que estão por explorar. De acordo com projecções recentes do Departamento de Energia dos Estados Unidos, o Médio Oriente e o Norte de África juntos providenciarão aproximadamente 43% do abastecimento mundial de crude em 2035 (contra 37% em 2007), e produzirão uma parte ainda maior do petróleo mundial para exportação."

A importancia nevralgica do Médio Oriente na luta global pelas derradeiras reservas mundiais que se trava entre as grandes potências, enche os noticiários de falsidades e hipocrisia obrigando-nos a navegar numa "floresta de enganos", mas sobretudo, fomenta conflitos (alimentados pelo negócio de armas) que atropelam a solução dos problemas sociais que afligem esta região do mundo.

“Tarifa regulada transitória acrescida de um fator de agravamento”

O que é a “tarifa regulada transitória acrescida de um fator de agravamento”?
Responde a DECO:
"Trata-se da tarifa regulada, fixada pela ERSE, e que assume um caráter transitório por ter a sua conclusão prevista até ao final de 2015, data em que o mercado liberalizado será o único disponível, acrescida de um fator de agravamento.
Em suma, a tarifa regulada vai ser empolada para garantir que será mais cara do que as tarifas propostas pelos comercializadores em regime de mercado livre."(1)
Senhor consumidor, sublinha a DECO: "Se não mudar para o mercado livre da eletricidade, vai sentir mais um aumento na fatura, já a partir de julho, para potências contratadas acima de 10,35 kVA. Em Janeiro de 2013, situação idêntica ocorrerá para os restantes consumidores. A partir daí, para estabelecer um novo contrato de fornecimento de energia elétrica, será obrigado a fazê-lo no mercado livre."

Vou-me socorrer de Karl Polanyi para o seguinte comentário:
No século XIX, os liberais "pensavam que os mercados eram instituições naturais que surgiriam expontaneamente se os homens fossem entregues a si próprios. Portanto, nada mais natural do que um sistema económico feito de mercados e controlado apenas pelos preços de mercado, donde, uma sociedade baseada em tais mercados seria a meta de todo o progresso. Independentemente de tal sociedade ser moralmente desejável ou indesejável, a sua prática - isto era axiomático - fundamentava-se em caracteristicas rácicas imutáveis".
E continua Karl Polanyi que, juntamente com outros antropólogos e historiadores investigou esta matéria: "Na verdade, tal como hoje sabemos, o comportamento do homem quer no seu estado primitivo quer ao longo da história foi exatamente o oposto disto...A história económica revela que a emergência de um mercado nacional não foi de modo algum o resultado de uma emancipação gradual e expontânea da esfera económica em relação ao controlo do estado. Pelo contrário, o mercado foi o resultado de uma intervenção deliberada e muitas vezes violenta da parte do governo que impôs o mercado à sociedade com fins não económicos."

Aqui temos nós o actual episódio da liberalização do mercado da electricidade em Portugal, enquadrado na história da economia que nos diz como devemos interpretar a liberdade dos mercados desenterrada pelos novos liberais, vulgo neo-liberais. Não é o mercado que nos liberta dandos-nos a "liberdade de escolher". São os mercados que se libertam dos travões morais... que caberia ao Estado defender, mas não defende, porque os mercados meteram lá os seus cavalos de troia, pela fronteira difusa que permite a promiscuidade entre o público e o privado.
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(1) Sacrificam-se os consumidores a bem da "transparência dos preços", do mercado... na crença de que, de seguida, o mecanismo da concorrência fará baixar os preços. Só os fundamentalistas do mercado acreditam em tal loa!