Reflexões Planetárias

Wednesday, November 02, 2016

Capitalismo Global: Uma eminente crise económica

Cáustica exposição das actuais atribulações de um sistema que se enreda, enredando-nos com ele, nas suas próprias contradições:


Depois de comentar, com bem humorada e justificada indignação, uma mão cheia de notícias tiradas da espuma dos dias, Richard Wolff passa aqui ás grandes questões económicas que afligem hoje os Estados Unidos, deliberadamente ausentes das campanhas eleitorais de Donald Trump e de Hillary Clinton.
E o que se constata à evidência é que a Europa não fez mais do que seguir desde 2008, com atraso e em doses diferentes, os três passos que deu a administração americana, na resposta à crise criada pela deriva bancária: o stimulus, fase em que o governo de Sócrates com os outros desataram a despender rios de dinheiro para estimular a economia; a austeridade de Passos Coelho em que os bancos salvos da bancarrota pelos estados puseram termo ao stimulus impondo a dividocracia sobre os estados e, portanto sobre os cidadãos; o quantitative easing em que o BCE, lançou golfadas de dinheiro para suster a estagnação dividocrática e evitar o colapso (*).
Portugal não é hoje mais do que uma casca de noz no oceano encapelado do capitalismo. Navegar em cascas de noz em mares encapelados não é novidade para nós. O que nos falta hoje é um rumo e, parece que hoje o governo de António Costa está a procurar encontrá-lo, como seja aproveitando a pequena janela de oportunidade da CPLP.
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(*) Perante a ineficácia da política monetária, esboça-se agora o retorno ao stimulus apesar de contrariar frontalmente os interesses particulares de curto prazo e a ideologia dos "mercados" que temem perder a sua hegemonia.

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